NAÇÃO EMBARGADA!
Como disse meu primo Toninho, “depois dos embargos infringentes,
cabe outro embargo aos embargantes: os embargos INFRINITOS”.
Fica a nítida impressão (ou seria certeza?) que isso irá se
arrastar "ad nauseam" e os advogados encontrarão parágrafos e vírgulas ocultas
nas leis brasileiras, que irão inocentar esses bandidos escancarados!
Quem sabe consigam até sua canonização, coitados...
Lembrando que em 2014 Ricardo Lewandowsk deve assumir a presidência
do STF, e que os novos ministros que assumiram recentemente foram indicados por
essa corja toda.
Fico em dúvida até com Luiz Fux (não confundir com fucks...),
que será o relator, e que acompanhou Joaquim Barbosa em quase todas as
decisões, pois queria lembrar que ele foi indicado por Zé Dirceu (o mestre) e
por Dilma Rousseff, apoiado fortemente por Sérgio Cabral e Antonio Palocci –
ministro do governo Lula (o que nada sabe).
(Luiz Fux deu voto decisivo contra a aplicação da Lei da Ficha
Limpa nas eleições de 2010, e beneficiou candidatos com processos na Justiça,
muitos deles do PT e partidos aliados.)
E não venham com “churumelas” jurídicas... que o regimento diz
isso e diz aquilo... e que Celso de Mello seguiu a Lei, porque essa Lei foi
feita pelo Congresso Nacional em defesa própria.
Não tenho nenhuma esperança!
Leia a seguir texto esclarecedor da jornalista Eliane Cantanhêde
da Folha de São Paulo.
por Miguel Izidoro
por Miguel Izidoro
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19/09/2013
- 03h00
Quem ri por último...
Eliane Cantanhêde
BRASÍLIA - Ao acolher os
embargos infringentes, o Supremo Tribunal Federal praticamente define um novo
julgamento do mensalão e tende a recuar num dos pontos fundamentais da primeira
fase: a atualização do conceito de quadrilha.
Se antes as quadrilhas eram quase caricatas
--bandos de criminosos comuns, armados, que assaltavam bancos e coisas assim--,
o julgamento do mensalão estendeu o conceito para poderosos, de dentro e de
fora de governos, que agem em conjunto contra o interesse público.
Segundo o relator Joaquim Barbosa, ainda na
primeira fase, José Dirceu e uma dezena de réus, "de forma livre e
consciente, se associaram de maneira estável, organizada e com divisão de
tarefas para o fim de praticar crimes contra a administração pública e contra o
sistema nacional, além de lavagem de dinheiro".
Joaquim ganhou, e o então revisor Ricardo
Lewandowski perdeu. Mas o jogo está suspenso e isso pode virar coisa do
passado, com Joaquim perdendo e Lewandowski ganhando.
Um dado salta aos olhos nessa arena. Acatados os
embargos infringentes e, depois, o mérito desses embargos, o julgamento
terminará com os núcleos publicitário e financeiro na cadeia, puxados por
Marcos Valério e Kátia Rabello, e com o núcleo político em ostensiva
comemoração, liderado ainda por José Dirceu.
Aos "técnicos", o peso da lei. Aos
"políticos", a leveza do sei lá o quê.
Condenado a mais de 10 anos, Dirceu estava com o pé
dentro do regime fechado. Com o desempate de Celso de Mello ontem, ele botou o
pé na porta. Se revisto o conceito de quadrilha, estará com o pé fora, lépido
no regime semiaberto.
E assim caminham a humanidade, o Brasil, a política,
o STF e o julgamento do mensalão, confirmando uma velha lei popular: quem ri
por último ri melhor. Pode valer para Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha.
E para Lewandowski.
Quem não gostar só terá uma saída: chorar sobre o
leite derramado.
Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa da Folha,
onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também comentarista do
telejornal "Globonews em Pauta" e da Rádio Metrópole da Bahia.
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Este é o país dos embargos vergonhosos!
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