quinta-feira, 19 de setembro de 2013

                                      NAÇÃO EMBARGADA!    


                     

Como disse meu primo Toninho, “depois dos embargos infringentes, cabe outro embargo aos embargantes: os embargos INFRINITOS”.  

Fica a nítida impressão (ou seria certeza?) que isso irá se arrastar "ad nauseam" e os advogados encontrarão parágrafos e vírgulas ocultas nas leis brasileiras, que irão inocentar esses bandidos escancarados!

Quem sabe consigam até sua canonização, coitados... 

Lembrando que em 2014 Ricardo Lewandowsk deve assumir a presidência do STF, e que os novos ministros que assumiram recentemente foram indicados por essa corja toda. 

Fico em dúvida até com Luiz Fux (não confundir com fucks...), que será o relator, e que acompanhou Joaquim Barbosa em quase todas as decisões, pois queria lembrar que ele foi indicado por Zé Dirceu (o mestre) e por Dilma Rousseff, apoiado fortemente por Sérgio Cabral e Antonio Palocci – ministro do governo Lula (o que nada sabe). 

(Luiz Fux deu voto decisivo contra a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010, e beneficiou candidatos com processos na Justiça, muitos deles do PT e partidos aliados.) 

E não venham com “churumelas” jurídicas... que o regimento diz isso e diz aquilo... e que Celso de Mello seguiu a Lei, porque essa Lei foi feita pelo Congresso Nacional em defesa própria.  

Não tenho nenhuma esperança! 

Leia a seguir texto esclarecedor da jornalista Eliane Cantanhêde da Folha de São Paulo.
por Miguel Izidoro

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19/09/2013 - 03h00

Quem ri por último...
Eliane Cantanhêde 

BRASÍLIA - Ao acolher os embargos infringentes, o Supremo Tribunal Federal praticamente define um novo julgamento do mensalão e tende a recuar num dos pontos fundamentais da primeira fase: a atualização do conceito de quadrilha.

Se antes as quadrilhas eram quase caricatas --bandos de criminosos comuns, armados, que assaltavam bancos e coisas assim--, o julgamento do mensalão estendeu o conceito para poderosos, de dentro e de fora de governos, que agem em conjunto contra o interesse público.

Segundo o relator Joaquim Barbosa, ainda na primeira fase, José Dirceu e uma dezena de réus, "de forma livre e consciente, se associaram de maneira estável, organizada e com divisão de tarefas para o fim de praticar crimes contra a administração pública e contra o sistema nacional, além de lavagem de dinheiro".

Joaquim ganhou, e o então revisor Ricardo Lewandowski perdeu. Mas o jogo está suspenso e isso pode virar coisa do passado, com Joaquim perdendo e Lewandowski ganhando.

Um dado salta aos olhos nessa arena. Acatados os embargos infringentes e, depois, o mérito desses embargos, o julgamento terminará com os núcleos publicitário e financeiro na cadeia, puxados por Marcos Valério e Kátia Rabello, e com o núcleo político em ostensiva comemoração, liderado ainda por José Dirceu.

Aos "técnicos", o peso da lei. Aos "políticos", a leveza do sei lá o quê.

Condenado a mais de 10 anos, Dirceu estava com o pé dentro do regime fechado. Com o desempate de Celso de Mello ontem, ele botou o pé na porta. Se revisto o conceito de quadrilha, estará com o pé fora, lépido no regime semiaberto.

E assim caminham a humanidade, o Brasil, a política, o STF e o julgamento do mensalão, confirmando uma velha lei popular: quem ri por último ri melhor. Pode valer para Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha. E para Lewandowski.

Quem não gostar só terá uma saída: chorar sobre o leite derramado.

Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa da Folha, onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também comentarista do telejornal "Globonews em Pauta" e da Rádio Metrópole da Bahia.



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O martelo do Juiz bateu no dedão do povo!

Este é o país dos embargos vergonhosos!

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