sexta-feira, 9 de agosto de 2013


Assassino de Glauco pode ir para casa, decide Justiça



A tragédia anunciada!
porque essa juíza acha que o assassino está bem, e porque o médico afirma que o psicopata “está tranquilo e não representa perigo para a sociedade”, teremos que aceitar que ele fique solto por aí! Inacreditável!

A juíza diz que “Se daqui a 30 dias ocorrer um ataque, posso interná-lo novamente". Tá Legal!

Então ficamos assim: Se esse assassino simplesmente matar mais alguém, a juíza vai dizer: “Ah!, Que coisa! O coitadinho matou outra pessoa, acho melhor interna-lo novamente para ele, coitado, se tratar até ficar bonzinho e poder sair da cadeia mais uma vez”...

Quem acompanhou o processo sabe que foi um crime premeditado, planejado. Não houve aquela tal de “reação violenta sob forte emoção”, que costuma inocentar assassinos...

Por que essa juíza não leva o coitadinho assassino pra casa dela, já que ele está curado?

Ela lava as mãos e liberta um psicopata baseada numa avaliação deveras suspeita de um médico da internacionalmente reconhecida Junta Médica do Tribunal de Justiça de Goiás. Grande bosta!

Porém, ela mesmo afirma que o Caduzinho “é louco”! “Numtôentendendo”!!!...

Falta discernimento a muitos juízes, que não podem se ater apenas ao frio, e anacrônico, texto da Lei.

Agora só nos resta esperar pela próxima tragédia...

(os grifos no texto abaixo são meus)  Miguel.

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09/08/2013 - 03h00

Assassino de Glauco pode ir para casa, decide Justiça

NATÁLIA CANCIAN    FOLHA DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO

A Justiça de Goiás decidiu que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, 27, assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, pode sair da clínica psiquiátrica e voltar para casa de seus pais.

A decisão foi dada anteontem pela juíza Telma Aparecida Alves, da 4ª Vara de Execuções Penais de Goiânia.

Segundo a juíza, Cadu, que tem esquizofrenia, está apto a passar para o tratamento ambulatorial. Ele passou em junho pela avaliação de uma junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás, que deu parecer favorável à liberação.

"Mantê-lo internado seria só se sentisse nele certa periculosidade. O problema é que as pessoas não entendem que ele não foi condenado, foi absolvido. Ele não pode sofrer pena. Ele é louco", afirma.

"A medida de segurança é só para vigiarmos a questão da periculosidade. O que o médico diz é que ele está tratado, está tranquilo e não representa perigo para a sociedade", completa a juíza.

Em abril, Alves já havia afirmado à Folha que a liberação era "questão de tempo", pois havia respaldo médico.

Considerado inimputável (não pode responder pelos seus atos), Cadu cumpriu o período mínimo de internação, estipulado pela Justiça do Paraná em três anos.

O advogado de Cadu, Sérgio Carvalho Filho, disse ontem que ainda não havia sido comunicado da decisão, mas que seu cliente evoluiu no tratamento. "Já passou da hora de ele ser liberado. Ele estava ocupando vagas de pessoas que realmente necessitam."

A família do cartunista Glauco contesta e diz que temer pela segurança.

"Essa avaliação [de que não oferece perigo] é muito subjetiva. Ele ficou na segurança máxima de Catanduvas, depois em um manicômio no Paraná. Incrível que em Goiânia ele tenha descoberto a cura", afirma Alexandre Khuri Miguel, advogado da família das vítimas.

O CASO

Glauco e o filho dele, Raoni, foram mortos em Osasco (Grande SP), em março de 2010. Após ser reconhecido pela mulher de Glauco, testemunha do ocorrido, Cadu confessou o crime.

Segundo a polícia, ele estaria em surto psicótico, agravado por consumo de drogas.

Cadu conhecia a família por meio da igreja Céu de Maria, fundada por Glauco e que segue rituais do Santo Daime, como uso de chá alucinógeno.

Declarado inimputável pela Justiça em 2011, ficou num complexo médico penal no Paraná. No ano seguinte, foi transferido a Goiânia.

Lá, passou por clínicas vinculadas ao Programa de Atenção ao Louco Infrator, da Secretaria de Saúde de Goiás, conhecido pela posição antimanicomial.

O rapaz pode ser liberado nos próximos dias, após publicação da decisão. Segundo a juíza, Cadu deve continuar em contato com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais ligados ao programa.

"O processo dele vai ficar comigo, e todo mês demanda um relatório com uma evolução. Se daqui a 30 dias ocorrer um ataque, posso interná-lo novamente", diz.